Comentário sobre o livro O Verde Violentou o
Muro, que conta a vivência do jornalista Ignácio de Loyola Brandão em Berlim,
no ano de 1982, tendo o Muro de Berlim como pano de fundo. A obra fala das
entranhas, das diferenças da República Federativa Alemã (RFA - Alemanha
Ocidental) e a República Democrática Alemã (RDA - Alemanha Oriental). A temível
polícia secreta, Stasi, o portão de Brandemburgo e um prefácio de quando o muro
veio abaixo em 1989 e o fim da URSS fazem do livro um registro histórico.
domingo, 27 de março de 2022
O Verde Violentou o Muro - Ignácio de Loyola Brandão - Comentário - David Vega
sexta-feira, 25 de março de 2022
A Hispanidade para o Mundo Lusófono do Século XXI
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Divulgo aqui o meu mais
recente livro.
Em
1494, através do Tratado de Tordesilhas, as duas maiores nações da Ibéria
dividiram o mundo. Embora Portugal se lançou ao mar através da facilidade de
sua saída ao Atlântico por conta da suposta ameaça de Castela, é sabido que
ambas culturas sempre foram uma única; o amálgama de povos de um tronco comum,
identitários que lutam por uma unidade na diversidade. Após as coroas se unirem
em torno de Felipe II, como uma só nação, a península foi dona do globo
terrestre. O Brasil como entendemos surge à sombra desta união, resultante de
uma cultura transplantada que inventou nações e criou uma nova gente, uma
população de todos os fenótipos, incorporando elementos nativos da América e da
África em uma reedição da cultura hispânica, uma raça cósmica, aliançadas pelos
idiomas de Camões e de Cervantes, compondo o universo ibero-americano que é uma
nova Roma, a latinidade nos trópicos.
Neste
livro, defendo o mundo lusófono, por consequência o Brasil, como sendo parte do
movimento hispanista idealizado pela Geração de 1898, alguns de viés
pessimista, outros nacionalistas exacerbados, porém nos seus particularismos
deixaram etnografias que hoje nos faz repensar o papel da América Luso-Hispânica
do século XXI.
Orelha:
Este
que vos escreve é natural de São Paulo de Piratininga, terra de Anchieta. Filho
de pai espanhol, nascido em Leon, no pueblo Huerga de Frailes, muito próximo à
região da Maragatería (Astorga) – província que já foi palco da Legio VII
Gemina romana e um reino independente, uniu-se com a velha Castilla e tem seu
escudo presente na bandeira da madre pátria – e de mãe caipira, do interior do
estado insurgente que forjou o Brasil e seu território. Da fusão de dois mundos
que se complementam eu vim, e desde pouca idade jamais consegui separar a
cultura hispânica paterna da luso-brasileira materna.
Neste
livro, explico com exemplos históricos e antropológicos o motivo pelo qual
considero a Iberia uma coisa una, por consequência, a América de além mar, partes
da África e as antigas possessões na Ásia, também teriam o mesmo destino; são
crias da velha península que transplantou sua cultura ao redor do globo – “Não
há pedaço de terra no planeta sem uma tumba ibérica” já diz o ditado.
Faço
um retrato sociológico dos rostos de todas as cores e credos incorporados à
latinidade, que hoje falam as línguas de Camões e Cervantes, produzindo um
mundo peculiar ligado por um cordão umbilical que jamais se rompeu. Em tempos
que se falseiam a História, rejeitando tudo o que lembra a narrativa do
“conquistador”, o decolonialismo pode se contrapor ao imperialismo ianque
atual, mas jamais negar o sangue e a alma das nações que nos forjaram.
Não
trato da Hispânia (como chamavam os romanos) apenas como um local, mas sim uma unidade
de espírito, o norte que agrega o melhor de todas as raças formando um novo
gentílico, cósmico, capaz de contribuir para sociedades que se padronizam, através
de sua cosmovisão herdada de uma gente guerreira, nobre, aristocrática, não no
sentido pejorativo do termo, mas de um povo que ainda tem uma psiquê que nos
remete ao mundo antigo, à capacidade de ser filósofo-artista e soldado, resistente
ao dinamismo da pós-modernidade, mesmo que tal manifestação ocorra de forma
inconsciente. E é justamente esta qualidade de “cavaleiro andante”, de não se
atar às regras e ao trabalho alienante, de ser questionador e eterno rebelde
presente no ibérico que pretendo valorizar neste manifesto.
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