sábado, 20 de novembro de 2021

A Grande Ilusão

 Por: David Vega

All the King´s Men, no Brasil, “A Grande Ilusão” (não confundir com um livro de mesmo nome sobre a Primeira Guerra Mundial), filme que mostra a ascensão de um político que vem de baixo, tal história estamos cansados de ver com exemplos ao longo dos séculos. Ambientado no estado da Louisiana, boa parte em New Orleans, em meio aos arranjos de blues dos banjos e bandolins, o filme começa com o assessor de Willie Stark (Sean Penn), que é o político em questão, falando em ideologia, pronuncia a frase “o que você não conhece não te machuca”. O jornalista que faz o papel de assessor dele é interpretado por Jude Law.

Stark é um homem do povo que sabe ler a psiquê das massas. Muito disso ele usa na sua profissão, um vendedor de cosméticos que bate de porta em porta, convencendo as pessoas comprarem seus produtos. Um certo dia, é convidado para integrar um partido político e conhece homens que estão dispostos a lança-lo como candidato a governador, dadas às suas habilidades. Exímio orador, ele começa em seus comícios a reunir cada vez mais pessoas, que vão ao delírio com suas promessas. Em uma passagem do filme, lhe perguntam como ele consegue tal façanha, e ele responde: “Eu falo o que eles querem ouvir, sobre impostos, obras, salários etc”.

O filme tem vários diálogos interessantes. Em uma ocasião, Stark diz “uma vez lá em cima, o homem esquece quem ele é, de onde veio” (nada mais comum e atual quando vemos tais figuras na nossa política). Ele tem manias também que as usa como bandeiras para reforçar sua personalidade como homem simples e do povo, a mais notória, tomar refrigerante com dois canudinhos. Faz seus discursos de cabeça, dispensa roteiros.

“Sou caipira como vocês, não sou um acadêmico ou politico de carreira, cria do sistema, um almofadinha!” – Enfatiza. Também sempre usa a palavra de Deus.

Põe a culpa nos cidadãos das grandes cidades que enganam os caipiras, diz que sua campanha é feita pelo dinheiro dele, que irá construir universidades para todos, não só para os filhos dos ricos estudarem. O povo não apenas vê nele uma esperança de mudança, mas se reconhece na sua figura, pois é “gente como a gente”.

Os velhos gordos do senado não votaram nele, o narrador, que é o jornalista que conta a história, afirma que os políticos convencionais votam nos representantes das petroleiras que lhes enchem os bolsos, mas mesmo assim, Stark ganha para governador.

Ele se torna populista e corrupto, representado no filme com as botas na mesa feito um coronel, os encarregados lhe dizem que o Estado não tem verbas, dinheiro o suficiente para ele fazer o que havia prometido, e sem entender de Economia, não está nem aí, e manda eles se virarem para conseguirem pagar (nesse caso, não existe um teto de gastos a ser respeitado, bem típico dos demagogos que saem gastando adoidado com políticas públicas, muitas inúteis, que arrecadam votos).

Outra passagem interessante é um diálogo em que o jornalista indaga: “devo trabalhar para quem? Para o Estado?”, e o governador eleito responde: “Não, para mim” – (me lembrei nesse momento do “O Estado sou eu”, frase pronunciada por Luís XIV no auge do absolutismo.

Destaco também uma, em que um político tradicional da câmara diz: “Os políticos novos idiotas pesam que o mundo é de graça, quem irá pagar toda demagogia? O contribuinte!”.

Desrespeitando a Constituição do estado, ele consegue manipular o jornalista, que se torna mais que seu assessor por debaixo dos panos, mas um fiel seguidor, publicando o que interessa a seu chefe, fazendo panfletagem-propaganda do governo no jornal a qual trabalha.

Stark anda sempre com um gunslinger (pistoleiro), ágil e hábil no revólver, que é seu guarda-costas, capaz de fazer tudo pelo chefe, até eliminar opositores. É aí que aparece o personagem interpretado por Anthony Hopkins, representando os conservadores que querem derrubar Stark. O jornalista se sente incomodado por usar toda a sua erudição para defender um homem ignorante e rude, indo em contra de todo seu polimento e crença na democracia. Ele se sente inclusive envergonhado diante dos demais políticos que articulam uma movimentação pelo impeachment de Stark, sobretudo porque o jornalista foi praticamente criado pelo político conservador interpretado por Hopkins, e se vê diante de uma sinuca de bico, pois não quer trair tudo o que aprendeu com seu velho mestre, que lhe ensinou a ética e o real jogo legalista da política.

“Você trabalha para mim pelo jeito que sou, é isso que te atrai” – Diz em certo momento o governador autoritário para ele. No palanque, discursando, o déspota diz que as velhas ratazanas da política querem derrubá-lo, e o povo se revolta em seu apoio. Possivelmente a história foi baseada no político sulista Huey Long, conhecido como o Kingfish, que foi também senador do estado da Louisiana nos anos 1930. Atacava os Rockfeller e propunha a divisão da riqueza, além da taxação de grandes fortunas. Figura ambígua, e a forma do Cinema o retratar não é ocasional também.

O governador megalomaníaco almeja a Casa Branca, sonhando em ser presidente e tornar todo o país hipnotizado por sua figura igual fez com seu estado pequeno. Há uma passagem que ele (o jornalista) pergunta quem era o presidente em 1938, se referindo ao banco, do qual investiga, para que se libere uma verba de que não tem, destinada à construção de um hospital para o povão (os caipiras como ele se refere), e a bibliotecária responde: “Franklin Delano Roosevelt”, então ele fala que perguntava quem era o presidente do banco, não do país na época. Eu não saberia dizer se é uma referencia ao imaginário do New Deal, medida que até hoje é vista como populista pelos norte-americanos, devido a interferência do Estado para se recuperar a economia depois do crash de 1929, idealizado por Keynes, semelhante o que Vargas fez aqui no Brasil. Talvez tenha sido intencional, para fazer uma analogia aos populistas.

A paisagem do filme é muito bacana, me lembra quando morei na costa leste, na Carolina do Sul, com os robles espanhóis (carvalhos) e os típicos musgos dos pântanos com aligators. O personagem de Jude Law consegue uma carta para incriminar e usar politicamente em favor do seu “patrão”, prejudicando Hopkins - está cada vez mais atrelado e envolvido nas loucuras do governador. Ele emprega um amigo de infância (Mark Ruffalo) falido que precisa de dinheiro para participar dos projetos ousados do político, mas este fica entre a oportunidade tentadora de enriquecer e sair daquela inércia, passando por cima de seus princípios, pois ele parece ser um democrata, e salvar a sua biografia.

Stark compra os juízes, a corte, disse que exige que o juiz esteja em seu favor, ou ao menos não contra ele. Seus surtos histéricos lembra um pouco o Hitler caricato, diferenciando-se pelo corte de cabelo e o bigode, é claro. Com o tempo, opositores começam a ser mortos e perseguidos.

O governador Stark se encaixa perfeitamente no déspota de direita ou de esquerda, seu discurso populista lembra em vários momentos os bordões de Lula, Perón, ou o imortal “Trabalhadores do Brasil” de Vargas, o autoritarismo não é algo propício de um espectro apenas, e no momento, no mundo, vivemos o embate do radicalismo de um lado, contra o do outro, não é tempo de moderação, e vejo vários possíveis Starks por aí, gerando fanáticos, seduzindo e cooptando inclusive intelectuais, como o jornalista porta-voz seu, cuja razão se manifesta por vezes, e nos momentos de lucidez ele se pergunta “o que está fazendo”, mas logo a aura exótica do carisma do projeto de ditador, o atrai, fazendo ele usar sua habilidade da escrita e investigativa, para beneficiar o governador.

Tal fato é bem comum na História. Ora, Hitler conseguiu cativar um dos povos mais cultos da Europa, o país do Hegel, do Schopenhauer, Nietzsche, Goethe etc. Muitos ainda se perguntam como isto foi possível, uma inflação astronômica que faz um cidadão levar um carrinho cheio de marcos para comprar um pedaço de pão pode explicar talvez.

As crises vêm e vão, a questão é, você conseguirá se manter um democrata nas situações adversas? Em tempos que a situação é acusada de não respeitar a constituição, por aqueles que deveriam guardá-la, sendo arbitrário tanto quanto ou pior?

É claro que Hollywood faz uma crítica a este perfil de político, o carismático, nenhuma obra de arte é isenta de intencionalidade, e um Perón sempre será visto com bons olhos ainda por muita gente na Argentina, bem como Juan Gómez na Venezuela ou até o Vargas no Brasil (ainda chamado de “pai dos pobres”). Eu lembro uma vez de conversar com um turco enquanto esperava um avião na conexão no aeroporto Ataturk em Istambul, e ele disse que o líder do qual o aeroporto leva seu nome modernizou o país e os turcos devem muito a ele. Figuras assim, personificadas, ao mesmo tempo que produzem ódio, também geram uma legião de seguidores, que perpassam os tempos, muito diferente daqueles burocratas que legislam apenas cumprindo ordens e não andam entre o povo, estes, depois de seus mandatos ninguém os recordará.

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Todos os Homens do Presidente


Por: David Vega

Há uns anos eu, nas minhas andanças pelo centro de São Paulo, encontrei em um Sebo uma promoção de queima de estoque. Na leva, podia-se comprar livros e DVDs de preço baixo. Minerando entre títulos muito fracos, eu encontrei entre uma pilha de caixas de filmes um em especial. Na capa tinha a imagem de Dustin Hoffman e Robert Redford. Eu já conhecia os filmes do Hoffman, ator que teve seu auge durante os anos 1970, meus favoritos são o “Liberdade Condicional” e um outro em que ele já era mais maduro, interpretando um autista, contracenando com o Tom Cruise, na década seguinte, “Rainman”, cuja atuação é brilhante. Então, devido o histórico deste que era um dos protagonistas, resolvi levar o filme, convicto que seria uma boa escolha.

Ao chegar em casa, acabei deixando o DVD de lado e nunca mais o peguei. Anos se passaram e muitos dos meus filmes favoritos acabaram por migrar aos streamings, então, quando queria rever algum, não me dava ao trabalho de ligar o aparelho leitor dos discos. Porém, em um domingo mórbido, recentemente, arrumando algumas tralhas antigas, voltei a encontrar o filme que comprei, empoeirado. Finalmente, abri a caixa e decidi dar uma chance.

Bem, o momento foi bem oportuno, dado semelhanças da trama ao cenário político atual. Eu já tinha ouvido sobre o caso Watergate, mas após assistir à sessão, pude compreender em detalhes. O filme tão misterioso é o “Todos os Homens do Presidente”, produção de 1976, ganhadora de 4 Oscar, baseado no livro de Bob Woodward (interpretado por Redford no filme) e Carl Bernstein (Hoffman) ambos jornalistas que mudaram o curso da História americana após uma investigação ousada e perigosa.

            O caso Watergate foi um roubo de documentos no complexo de escritórios que leva este nome em Washington, sede do comitê nacional do Partido Democrata. O filme começa com 5 “ladrões” que teriam invadido um dos escritórios e foram pegos pela polícia. A partir de então, os dois jornalistas do Washington Post decidem averiguar o caso, pensando ser um possível furo editorial (furo é o jargão para a informação publicada antes de todos os demais, quando uma equipe consegue apurar uma notícia e a publica sem que os veículos concorrentes tenham acesso). 

Woodward consegue a informação de que um tal de Charles Colson, que possivelmente tinha ligações com agências de inteligência dos EUA, era também novelista de ficções sobre investigação (a arte imita a vida, a realidade é mais inverossímil que a ficção!). Descobrem que um sujeito conhecido como Hunt (que trabalhou para Colson na Casa Branca) tomava emprestado livros sobre Kennedy, deixando rastros no histórico de empréstimos em uma biblioteca (a sua ficha de biblioteca pode dizer muito sobre você! Denunciá-lo!). Colson era além de escritor, conselheiro do presidente Nixon.

Hunt também esteve à frente na campanha de Eisenhower, em 1952. No julgamento dos 5 ladrões que foram detidos, entre eles alguns cubano-americanos anticomunistas de Miami estavam envolvidos. O jornalista então recebe uma mensagem de alguém que quer abrir o bico, pedindo para ele deixar uma bandeira vermelha hasteada na sacada de seu apartamento, no caso da resposta ser afirmativa, feito isso, ele vai ao encontro do possível “traidor”, no estacionamento de um shopping já fechado.

Com o passar do filme, do qual o jogo de câmeras proposital constrói uma narrativa envolvente, sendo outra coisa que reparei, é que não tem trilha sonora, apenas os jingles de Nixon de sua campanha à reeleição enquanto a TV está ligada nas noites em claro que os jornalistas escrevem, o jovem em busca de um furo acaba sabendo que foi pago 25 mil dólares a um dos ladrões envolvidos em Watergate. Há um momento do filme que os jornalistas encontram o recibo do cheque depositado, mudando o curso da investigação.

Ligando as pistas, em pleno ano de eleição, muito possivelmente os capangas do episódio estavam ligados ao comitê de reeleição do presidente. Além de toda a trama no mundo da política, aliás, é para quem gosta de filme de investigação, onde as pistas vão surgindo e se encaixando, fazendo sentido, sobretudo no mundo do poder, muito antes do fenômeno House of Cards, já havia este filme, pouco falado no Brasil. O interessante é que a investigação ocorre com dois protagonistas que não são detetives de polícia, mas jornalistas! Profissão que com o passar do tempo perdeu a essência para criar acomodados leitores de teleprompter. A atitude dos dois personagens traz um pouco daquele jornalismo de John Reed, Victor Serge ou Hemingway, o investigativo, que é na verdade quase uma etnografia antropológica.

Outro ponto relevante também é a relação dos mesmos enquanto estão no processo de criação da matéria com o editor chefe. Ali na redação, como em qualquer instituição composta por pessoas, há diferentes pontos de vista, e ir contra o governo, pode desagradar os que de alguma forma possuem ligação com ele, ou apenas por convicções pessoais concordam com quem está no poder. O que o jornalista preocupado com os fatos e não com a opinião deve fazer então? Há uma passagem do filme que mostra os editores manipulando as notícias através dos recortes, selecionando frases e chamadas que interessam, e ocultando outras. É bacana o ambiente do filme, mostrando como funciona uma redação de um jornal grande, nos anos 1970, podemos ver os periodistas em suas máquinas de escrever, fumando cigarros e usando calças boca de sino.

O editor ao passar do tempo começa a se contagiar pelo trabalho dos dois jornalistas. Porém afirma em certo momento que se a história do Watergate for falsa, é perigoso se estiverem enganados, podendo comprometer a legitimidade do veículo de imprensa, publicando algo contra um governo na época com popularidade (naquela época ainda havia um pouco de ética).

Eles conseguem uma lista com o nome de todos que trabalhavam para o presidente, nisso, recebem a notícia de que Richard Nixon é reeleito. Enfim, não vou mais dar spoiler, apesar de todos que gostam de História conhecerem o desfecho do caso. O caso Watergate na verdade revelou que o governo de Nixon usava o FBI e a CIA para investigar a oposição e plantar notícias falsas contra seus rivais, igual fazia a Gestapo ou a KGB. O “roubo” do complexo, na verdade foi uma desculpa para técnicos repararem aparelhos de escuta telefônica que possivelmente estavam danificados. Atitude ilegal durante a eleição, pois o candidato à reeleição estava se utilizando de medidas trapaceiras.

A imbricação do jornalismo com a política, quando uma se torna um braço da outra, é perigosa. E aqui não estou entrando no mérito se é “direita” ou “esquerda”. É triste ver o que se tornou o jornalismo no mundo hoje, de um lado uma espécie de militância de agendas e pautas visando a narrativa de um politicamente correto através do que vulgarmente se chama no Brasil de “lacração”, e do outro, veículos destinados a justificar qualquer atitude de quem está no poder, feito a Telesur quando entrevistava o Hugo Chávez. Ora, as atitudes desonestas para se alcançar os objetivos na política sempre existiram, lembram do incêndio do Reichstag, quando culparam os comunistas? As cartas falsas de Arthur Bernardes? Ou o Plano Cohen, que justificou o golpe do Estado Novo no Brasil? – “O fim justifica os meios” – já dizia Maquiavel (embora alguns afirmem que ele nunca teria escrito isso). É bem diferente dos processos legais contra presidentes que sofreram impeachment, feito o Collor, por conta do Fiat Elba e o caso PC Farias ou as pedaladas de Dilma Roussef. Estamos falando de casos em que realmente houve uma arbitrariedade.

Lembro de um colega de faculdade filiado a um partido de esquerda que reclamava, na época, por volta de 2011, que os norte-americanos sempre usavam a desculpa da Constituição para justificar as suas medidas, sendo ele um defensor da “revolução”, não conseguia entender o porquê deles não enxergarem além do legalismo. Enfim, hoje, eu vejo a esquerda, que é oposição, fazer exatamente o mesmo, vivem citando a Constituição (que o PT não votou nos 80) como se fossem guardiões desta. Cada lado do jogo político em questão invoca sua interpretação das quatro linhas. Vivemos hoje no mundo um cenário diferente, em que não existe mais o fato em si, seria a pós verdade? Não existe mais uma “versão oficial” da notícia. O que eu vejo com bons olhos, pois hoje, um sujeito com um celular de dentro de seu quarto pode competir com grandes conglomerados de mídia, que convenhamos, também reproduzem Fake News visando os seus interesses. A mídia sempre fez isso! Antes era a mais criticada pela oposição, agora que reproduzem o discurso que querem ouvir ela se tronou santa? (o mesmo em relação à suprema corte). A mídia convencional sempre teve o poder de construir óticas “aceitas” pela massa e eleger ou derrubar quem quisesse, destruindo reputações. Nunca me esqueço do caso do sequestro de Abílio Diniz, embora fui me interessar posteriormente, pois na época era muito criança. Do qual a emissora mais influente do país reinava em absoluto, desrespeitando a Constituição, que hoje se creem ser os reais guardiões.

Há um trecho do filme em que o editor diz, e faço dele as minhas palavras, que o que realmente importa naquela investigação toda é fazer valer o artigo primeiro da Constituição (dos EUA); a Liberdade de expressão e imprensa. Que isto sirva não só para governantes tidos como despóticos, mas para a suprema corte, que possui ministros com poderes concentrados inflados que a desrespeitam, perseguindo pessoas por crime de opinião. Não é por acaso, e faz sentido, o sujeito se considerar um preso político atualmente. A histeria tomou conta de uma sociedade mundial polarizada, do qual o processo eleitoral pode sim ser questionado, pois ninguém mais confia no sistema e se sente representado pelas instituições.

Sabemos que Hollywood majoritariamente é pró Partido Democrata, e é claro que vão endossar a narrativa contra os republicanos, salvo quando é uma figura histórica como o Lincoln. É preciso analisar friamente as coisas, óbvio que Nixon errou, o que causou seu impeachment em 1974, tendo ele renunciado logo depois. O termo “gate” nos países de língua inglesa, após o episódio, se tornou uma gíria para “escândalo”. Não compro o discurso de nenhum lado, mas reconheço que sobretudo no cenário global hoje, todos desrespeitam a democracia e fazem Fake News em nome de seus objetivos, sendo hipocrisia acusar só os opositores daquilo que você também faz.

Assistindo um filme de investigação jornalística que mudou a História como esse, vejo o quanto os profissionais de hoje da área são mesquinhos e revira o estômago acompanhar o que a categoria se tornou hoje.

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